
O Figueirense perdeu por 3 a 1 para o Icasa, em Juazeiro do Norte, nesta tarde, com inacreditável naturalidade.
Poderia ter levado mais uns dois gols que não seria injustiça, dada a passividade, a falta de gana, a falta de brilho nos olhos, que encarou o Verdão do Cariri.
O jogo era mais uma decisão, como todos nesta reta final, mas o Figueirense jogou como se fosse um jogo treino.
Não que fosse uma partida fácil, longe disso. O time cearense tem feito grandes partidas em sua casa e já aplicou até goleadas em times da ponta da tabela.
Já assisti algumas partidas do time da terra do Padre Cícero, e a única forma de vencê-lo lá é não deixar que goste do jogo, é entrar marcando como se tivesse ganhando de 1 a 0.
Se a situação já estava difícil, o árbitro da partida tratou de complicar de vez, ao expulsar injustamente Vinícius Pacheco, que levou o segundo amarelo ao colocar a mão para se defender de uma bola chutada em direção a sua barriga. Poderia até marcar o toque, mas nesses casos nenhum árbitro pode dar cartão, já que não é um toque acintoso, em que o atleta reage mais no reflexo para se defender.
Outro lance polêmico foi numa jogada em que Firmino cruzou rasteiro e o defensor caiu de braços abertos e tocou na bola com a mão. Nesse caso ele acertou, pois o jogador fez o movimento normal de quem está caindo, ou seja, ninguém cai com os braços colados ao corpo. Embora contra o Figueirense tenha sido marcado um pênalti idêntico, em uma jogada envolvendo Ânderson Luiz, se não me engano numa partida contra o Sport, em 2008.
Foi uma partida para esquecer e nem parece aquele time que deu um banho no Bahia, há quatro dias.
Ainda bem que a rodada foi excelente para o Figueirense, com a derrota de América-MG, Ponte e Lusa, além do empate do Sport, em casa, diante do Náutico, que deixou o Figueira a cinco pontos do time pernambucano, 5º colocado, ainda uma boa vantagem.
Agora, no próximo sábado, será a decisão das decisões, justamente contra o Sport, e uma vitória abrirá uma diferença de oito pontos em relação ao adversário, um passo decisivo em direção ao paraíso.
Espero que nesse jogo, assim como ocorreu nas decisões diante do Coxa, da Ponte e do Bahia, eu veja o que não vi hoje: brilho nos olhos dos atletas alvinegros.
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